Tem sido divulgado na imprensa um caso de protesto contra a prisão do jovem Mychal Bell que não conseguiu sua liberdade, acusado de espancar um garoto branco numa escola americana, e tal decisão da Corte de Justiça de Jena, na Louisiana, acirra os ânimos da comunidade negra local que clama por justiça.
Em 4 de dezembro de 2006, um jovem da comunidade branca alegou ter sido espancado e acusou os seis estudantes negros pelo ocorrido. Na verdade, o que houve é que na Escola Superior desta pequena comunidade rural de Jena, na Louisiana, onde a maioria (85%) da população é de brancos. Nos finais do verão de 2006, em Setembro, um aluno negro, perguntou a um dos Diretores da escola se também se poderia sentar debaixo da árvore. Ao que lhe foi respondido: “Sente-se onde quiser”. Assim fizeram.
No dia seguinte, três cordas com nós de forca, com as cores da escola, estavam pendurados na “árvore branca” que lembravam execuções programadas por grupos raciais locais como a Ku Klux Klan. Isto levou a uma briga em que supostos seis garotos negros agrediram um estudante branco. Foram por isto presos, e se condenados poderiam pegar até 100 anos de prisão, mesmo tendo idades entre 15 e 17 anos. Daí o nome ´Jena Six`, ou os seis de Jena!
Esta semana o Juiz local decretou que Mychal Bell deveria passar 22 anos na cadeia, sem direito a liberdade, o que acirrou os ânimos e levou a uma marcha de protestos na pequena Jena, pois os negros acham que há um recrudescimento do ódio racial, que sempre existiu. Deve-se lembrar que a Corte que julgou Mychal, era composta somente por brancos.
E falta o julgamento dos outros cinco, que com certeza terão as mesmas penas. É muito triste perceber que nas sociedades atuais, e principalmente no seio da maior democracia do planeta, ainda existam absurdos como estes. Ali, na Louisiana, no Mississíppi, os negros sempre foram perseguidos, destratados, e tiveram as leis ´Jim Crow`contra sua condição racial.
Bonito, foi ver, no Dia Mundial da Paz, comemorado ontem, aquele grupo de Palestinos, desembarcando no Brasil, e agradecendo, por terem a oportunidade de poderem viver daqui para frente num País que humanitáriamente os acolheu. Parabéns ao Lula, ao Ministério das Relações Exteriores, e a todo o povo brasileiro por este ato de acolhimento de irmãos que sofrem, e que por serem minoria devem ter direitos fundamentais da pessoa humana garantidos.
E são estas coisas, este estado de intolerância e degradação, que nos faz repensar, nos dias atuais, o que realmente é ser líder? Pode um país como os E.U.A. querer continuar seu domínio em esfera mundial, se, nas suas fronteiras, estas barbáries de intolerância e segregação, continuam a ocorrer?E oficialmente, o que é pior!!
Assim, acho que o Brasil serviu de exemplo, e com este acolhimento destas sofridas famílias de Palestinos, deu mais um passo rumo ao que se poderá chamar no futuro uma nação desenvolvida, onde não haverá espaço para estes ranços que envergonham qualquer ser vivo, qualquer humano que seja.Qualquer um!! Fonte:
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